Blog para escrever o que se quer falar.
Vida, aventuras, amores e dores.
Arquivo, arquivística e arquivologia.
Políticas públicas, desconfortos.
Meu fantasma sem linha e os fantasmas em linha.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

MINHA CONTRIBUIÇÃO PARA PRODUZIR INFORMAÇÃO (F) ÚTIL

Cooperatividade, cooperação, trabalho em equipe e todos os outros sinônimos para essas palavras ou expressões estão cada dia mais em evidência. Recordo-me dos findos dos anos noventa e princípio dos anos 2000, quando realizávamos trabalhos em grupo na escola com o intuito de aguçar a cooperação entre os colegas. O discurso dizia que o trabalho em equipe era fundamental ao desenvolvimento. Nunca discordei e nunca ei de discordar dessa afirmação. Pelo contrário, me faço totalmente adepto desta referência no que diz respeito à Web 2.0.
Tim O’Reilly (2005) diz que a Web 2.0 tira “partido da inteligência coletiva, transformando a web em uma espécie de cérebro global”. Intrinsicamente, fui inserido nessa nova corrente de comunicação sem que percebesse e hoje me faço presente, atuante e produtor em muitos dos inúmeros sites em que antes me fazia apenas consumidor. Inicialmente foram as redes de relacionamentos – que permanecem até hoje (atualmente 4 redes sociais em meu nome), apesar de ter migrado de uma para a outra -, depois, como espécie de repositório digital passei a usar o Flickr, Google Drive, Youtube, SoundCloud e Blogger. Utilizo todas essas plataformas como um drive seguro para o material que produzo, claro, aqueles em que não aposto comercialmente deixo livre para que qualquer um possa copiar, colar, plagiar e etc. Aqueles em que aposto comercialmente ou publicitariamente não deixo livre, mas à vista para que possam pesquisar meu nome. A relevância ou não dessa informação que jogo na web nunca foi parâmetro para filtrar as informações que produzo ou reproduzo de outros. O filtro que sempre busquei às minhas publicações era se aquele texto ou imagem não iria interfer na minha imagem real (não a virtual). Se o conteúdo não fosse vexatório, postaria sem medo. Acredito que o usuário deve fazer esse filtro e não, necessariamente, o produtor. Aquilo que pode não ser valorável para uns, pode ser de extremo valor para outros. O’Reilly nos apresenta em seu texto o que James Suriowecki chama de “a sabedoria das massas”, que aborda, dentre outros aspectos, que a “atenção coletiva da blogosfera seleciona o valor” das informações.

Não se trata de conhecimento especializado, mas sim de conhecimento comum. É, basicamente, um pouco do que sabemos sobre aquilo que estamos discorrendo; são observações superficiais sobre o mundo a nossa volta e não uma análise profunda, na maioria das vezes. Alguns defendem que são mais notícias menos confiável, informações inúteis e menos cultura. Desacredito, pois cultura – dentre as diversas formas de defini-la – são as manifestações de um determinado povo, de uma determinada geração ou grupo social.
Nesse sentido, a alta produção de informação (útil ou fútil), a própria web 2.0. é – ou virá a ser -  uma forma cultural de nosso tempo. Os produtores de informação ultrapassam 100 milhões de blogueiros, todos falando simultaneamente sobre si mesmo, assim como essas poucas linhas que acabo de redigir. E viva a possibilidade da Web 2.0., um salve a democratização e produção de informação, seja (f)útil ou não.

Nenhum comentário:

Postar um comentário