Cooperatividade,
cooperação, trabalho em equipe e todos os outros sinônimos para essas palavras
ou expressões estão cada dia mais em evidência. Recordo-me dos findos dos anos
noventa e princípio dos anos 2000, quando realizávamos trabalhos em grupo na
escola com o intuito de aguçar a cooperação entre os colegas. O discurso dizia
que o trabalho em equipe era fundamental ao desenvolvimento. Nunca discordei e
nunca ei de discordar dessa afirmação. Pelo contrário, me faço totalmente
adepto desta referência no que diz respeito à Web 2.0.
Tim
O’Reilly (2005) diz que a Web 2.0 tira “partido da inteligência
coletiva, transformando a web em uma
espécie de cérebro global”. Intrinsicamente, fui inserido nessa nova corrente
de comunicação sem que percebesse e hoje me faço presente, atuante e produtor
em muitos dos inúmeros sites em que antes me fazia apenas consumidor.
Inicialmente foram as redes de relacionamentos – que permanecem até hoje (atualmente
4 redes sociais em meu nome), apesar de ter migrado de uma para a outra -,
depois, como espécie de repositório digital passei a usar o Flickr, Google
Drive, Youtube, SoundCloud e Blogger. Utilizo todas essas plataformas como um
drive seguro para o material que produzo, claro, aqueles em que não aposto
comercialmente deixo livre para que qualquer um possa copiar, colar, plagiar e
etc. Aqueles em que aposto comercialmente ou publicitariamente não deixo livre,
mas à vista para que possam pesquisar meu nome. A relevância ou não dessa
informação que jogo na web nunca foi parâmetro para filtrar as informações que
produzo ou reproduzo de outros. O filtro que sempre busquei às minhas
publicações era se aquele texto ou imagem não iria interfer na minha imagem
real (não a virtual). Se o conteúdo não fosse vexatório, postaria sem medo.
Acredito que o usuário deve fazer esse filtro e não, necessariamente, o
produtor. Aquilo que pode não ser valorável para uns, pode ser de extremo valor
para outros. O’Reilly nos apresenta em seu texto o que James Suriowecki chama
de “a sabedoria das massas”,
que aborda, dentre outros aspectos, que a “atenção coletiva da blogosfera
seleciona o valor” das informações.
Não
se trata de conhecimento especializado, mas sim de conhecimento comum. É,
basicamente, um pouco do que sabemos sobre aquilo que estamos discorrendo; são
observações superficiais sobre o mundo a nossa volta e não uma análise
profunda, na maioria das vezes. Alguns defendem que são mais notícias menos
confiável, informações inúteis e menos cultura. Desacredito, pois cultura –
dentre as diversas formas de defini-la – são as manifestações de um determinado
povo, de uma determinada geração ou grupo social.
Nesse sentido, a alta
produção de informação (útil ou fútil), a própria web 2.0. é – ou virá a ser
- uma forma cultural de nosso tempo. Os
produtores de informação ultrapassam 100 milhões de blogueiros, todos falando
simultaneamente sobre si mesmo, assim como essas poucas linhas que acabo de
redigir. E viva a possibilidade da Web 2.0., um salve a democratização e
produção de informação, seja (f)útil ou não.
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